domingo, 13 de abril de 2014
"Minhas vozes, meu veneno."
Existem vozes dentro de mim que gritam e ensurdecem meus ouvidos, eu sinto o sangue fresco me queimar por dentro e sinto seu gosto amargo na boca, parece veneno, o veneno das minhas entranhas, a saliva grossa e salgada são pedaços do meu fígado que vêm à minha boca e eu os mastigo e os retorno ao meu corpo, eu jamais jogarei a minha podridão envenenada aos outros, eu não sei cuspir as minhas entranhas.
Meu veneno eu guardo a mim mesmo, mato-me aos poucos, um lento e sangrento suicídio, uma macabra procissão, a estrada da minha própria destruição.
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